Os Cineastas Favoritos do Blog

Por Fernando Oriente

Como o Tudo Vai Bem tem o cinema como seu principal material de trabalho, esse texto serve para tentar relacionar quais são os grandes cineastas da história que compõem a preferência do blog. Esse não é um texto que analisa a obra deles, isso é material para vários outros textos que serão publicados aqui. Agora é o momento de catalogar aqueles que o Tudo Vai Bem vê como os maiores e mais importantes diretores do cinema. E em forma de “esqueminha” mesmo.

Partindo da história do cinema, com todas as suas fases, momentos, movimentos e rupturas, 11 diretores estrangeiros compõem o grande farol desse blog: Jean-Luc Godard, Michelangelo Antonioni, Jacques Rivette, Jean-Marie Straub, Danièle Huillet, Roberto Rossellini, Maurice Pialat, Shohei Imamura, Brian De Palma, Abel Ferrara e Joseph Losey (até 1957 – se bem que ele realizou filmes enormes após esse ano). É uma decisão muito difícil manter apenas oito nomes, mas por outro lado é uma forma de tentar manter uma coesão estética subjetiva.

Ao lado desses, o cinema brasileiro tem, entre muitos, oito diretores que completam esse “primeiro escalão”: Glauber Rocha, Nelson Pereira dos Santos, Rogério Sganzerla, Julio Bressane, Carlos Reichenbach, Andrea Tonacci, Ozualdo Candeias e Aloysio Raulino.

Mas muitos outros, do Brasil e de todos os cantos, entram nesse texto/esquema. Vamos a eles por ordem (mais ou menos) cronológica. É bom deixar claro que diretores geniais não serão mencionados, o que não quer dizer, de maneira nenhuma, que não sejam realmente geniais e queridos pelo blog.

O cinema mudo foi uma explosão de talentos. O desenvolvimento da encenação, montagem e evolução interna dos filmes foi feita por cineastas extraordinários que se jogaram aos filmes e moldaram toda uma nova arte.

Desses partimos dos Lumières e de George Méliès e seguimos com D.W. Griffith, Erich von Stroheim, F. W. Murnau, Jean Renoir, Fritz Lang, Louis Feuillade, Jean Vigo, Carl T. Dreyer, Josef Von Sternberg, Georg Wilhelm Pabst, Ernst Lubitsch, Charles Chaplin, Abel Gance, Germaine Dulac, Buster Keaton, King Vidor, Victor Sjostrom, Jean Epstein e um destaque especial aos soviéticos Sergei Eisenstein, Dziga Vertov e Boris Barnet. Logicamente, muitos desses cineastas continuaram produzindo filmes geniais no cinema falado.

Alfred Hitchcock, que fez várias obras-primas no cinema mudo, abre a nossa lista de grandes nomes do cinema falado (dos quais muitos realizaram ainda filmes mudos), dos anos 20 à década de 50. Como uma longa relação de nomes como esta já é repleta de itens, vamos aos diretores independente de seus países de origem e trabalho.

Howard Hawks, John Ford, Allan Dwan , Kenji Mizoguchi,  Yasujiro Ozu, Max Ophüls, Raoul Walsh, Jean Renoir, Jean Grémillon, Edgard J. Ulmer, Roberto Rossellini, Luis Buñuel, Sacha Guitry, Jean Rouch, Marcel Pagnol, Douglas Sirk, Joseph Losey, Otto Preminger, Jacques Tourneur, Allan Dwan, Edward Ludwig, Ida Lupino, William Wyler, Delmer Daves, André De Toth, Frank Borzage, Nicholas Ray, Vincente Minnelli, Jerry Lewis, Orson Welles, Robert Aldrich, Samuel Fuller, Vittorio Cottafavi, Mikio Naruse, John Cassavetes, e Akira Kurosawa.

Como tentativa de divisão histórica, daremos sequência à relação de diretores surgidos a partir do final dos anos 50, quando o cinema europeu moderno passa existir com a Nouvelle Vague e os cinemas novos de todo o mundo vem na sequência.

Essa nova leva de talentos começa por Michelangelo Antonioni, Alain Resnais, Luchino Visconti e segue com Jean-Luc Godard, Jacques Rivette, Claude Chabrol, Eric Rohmer, Agnès Varda, Jacques Rozier, Chris Marker, Jean-Marie Straub, Daniele Huillet, Robert Bresson, Pier Paolo Pasolini, Valerio Zurlini, Luigi Comencini, Alexandre Astruc, Francesco Rosi,  Federico Fellini, Vittorio de Seta, Marco Bellocchio, Marco Ferreri, Antonio Pietrangeli, Werner Herzog, Alexander Kluge, Reiner Werner Fassbinder, Mario Monicelli, Werner Schroeter, Wim Wenders, Manoel de Oliveira, João César Monteiro, Satyajit Ray.

A lista segue para o Japão com Shohei Imamura, Nagisa Oshima, Seijun Suzuki, Yasuzô Masumura, Hiroshi Teshigahara, Yoshishige Yoshida, Koji Wakamatsu.

No Brasil vamos de Humberto Mauro, Glauber Rocha, Nelson Pereira dos Santos, Leon Hirszman, Joaquim Pedro de Andrade, Paulo Cesar Saraceni, Carlos Hugo Christensen, Ozualdo Candeias, Rogério Sganzerla, Julio Bressane, Andrea Tonacci, Carlos Reichenbach, Luiz Rosemberg Filho, Aloysio Raulino, Antonio Calmon, José Mojica Marins, Jean Garret, Walter Hugo Khouri.

A França do final dos anos sessenta e década de 70. Philippe Garrel, Maurice Pialat, Jean Eustach, Chantal Ackerman (vinda da Bélgica), Paul Vecchiali, Gerard Blain, Jean-Claude Biette, Marguerite Duras, Luc Moullet, Jean-Claude Guiguet.

O cinema americano da Nova Hollywood (e um pouco depois), final dos anos 60 e década de 70. Arthur Penn, Don Siegel, George Romero, Sam Peckinpah, Martin Scorsese, Francis Ford Coppola, Larry Cohen, Peter Bogdanovich, Monte Hellman, Brian De Palma, Clint Eastwood, Woody Allen,  Charles Burnett, Steven Spielberg, Paul Schrader, Dennis Hopper, John Milius, Sidney Lumet, Michael Cimino, William Friedkin, Bob Fosse, Walter Hill.

Agora alguns dos grandes surgidos mundo afora a partir dos anos 60. Andrei Tarkovsky, David Cronenberg, Dario Argento, Andy Warhol, Tomás Gutierrez Alea, Fernando Birri, Luis Ospina, Jean Rollin, Leonardo Favio, Santiago Álvarez, Sara Gómez, Miguel Littin, Jorge Sanjinés, Arturo Ripstein,  Victor Erice, Roman Polanski, Miklós Jancsó, Robert Kramer, Shirley Clarke, Alain Tanner, Hans-Jürgen Syberberg, Jonas Mekas, Stan Brakhage, Antonio Reis, Margarida Cordeiro, Ousmane Sembène, Djibril Diop Mambéty, Souleymane Cissé, Sarah Maldoror, Frederick Wiseman, James Benning, Michael Snow, Peter Watkins, John Waters, Kira Muratova, Alejandro Jodorowsky, Raúl Ruiz, Sergei Paradjanov,, Sergio Leone, Sergio Corbucci,  Mario Bava, Lucio Fulci, Paul Verhoeven.

Para fechar esse grande painel que ilumina esse blog vamos aos diretores surgidos dos anos 80 (final da década de 70) até os dias de hoje, em todos os cantos do mundo.

Nanni Moretti, Hou Hsiao Hsien, Abel Ferrara, John Carpenter, John Landis, Claire Denis, Jean-Claude Brisseau, Bela Tarr, Eduardo Coutinho, Leo Carax, Michael Mann, Abbas Kiarostami, Aki Kaurismäki, Spike Lee, Edward Yang, Tsai Ming-Liang, David Lynch, Takeshi Kitano, Pedro Costa, Apichatpong Weerasethakul, M. Night Shyamalan,  Hong Sang-soo, Angela Schanelec, Jia Zhang-Ke,  Kelly Reichardt, James Cameron, Lucrecia Martel, João Canijo, Eugene Green, Rita Azevedo Gomes, James Gray, Paula Gaitán, Todd Haynes, Kiyoshi Kurosawa.

O cinema brasileiro vive, fora dos holofotes dos multiplex e do universo Barra da Tijuca da Globo Filmes, um momento muito bom desde os anos 2000. Isso pode ser visto a cada ano no Festival de Tiradentes e na Semana dos Realizadores, nas estreias da Vitrine Filmes e entre outros eventos que promovem esse cinema potencialmente enorme que a nova geração de cineastas brasileiros está construindo. Mas isso é tema fértil para outros textos.

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